quinta-feira, 4 de abril de 2013

BELFORD ROXO, 31 DE MARÇO DE 2013


SOLICITAÇÃO DE DESLIGAMENTO DE FUNÇÃO

                             Senhor presidente, demais membros da mesa, os cumprimento com a paz do nosso Senhor Jesus Cristo.

                             Inicio, agradecendo-os pela confiança dispensada, bem como a oportunidade recebida para conduzir por período de nove anos, o Departamento de Educação Cristã-DEC, desta conceituada igreja. Não poderia jamais esquecer, o carinho, a confiança e a oportunidade que me foi concedida pelo saudoso pastor José Félix de Carvalho, que sem sombra de dúvidas, foi o maior responsável pela existência do DEC.

                             Não obstante ao fato, agradeço também, a contribuição dada por homens e mulheres de Deus, que acreditando em nossa chamada, reservaram parte de seu tempo a fim de colaborar com os trabalhos realizados pelo DEC.

                             Foram vários os trabalhos realizados como é de conhecimento de muitos, se não de todos. Só para lembrar, foram realizados sete encontros para professores de Escola Bíblica Dominical, com presença ilustres das maiores autoridades de Educação Cristã, reconhecida no Brasil e no exterior. Ainda nesse comento, em busca de auxilio à família, realizamos três encontros para casais, uma cruzada evangelística e diversas palestras para jovens e adolescentes. 

                             Pela graça e bondade divina, fundamos a Secretaria de Evangelismo e Missões do Parque São José-SEMADPSJ, que hoje está dando frutos, sob a responsabilidade dos irmãos, Waldir e Mauro, bem como o Instituto Bíblico Aliança-IBIA-RJ e o jornal DEC em Ação que chegou a sua quinta tiragem de Mil exemplares, infelizmente por motivos de ordem financeira não pode ter sua continuidade.

                             Vale salientar que, o relatório ora apresentado, não tem por objetivo enaltecer nenhum outro a não ser àquele que exerce todo poder, honra, glória, e por isso, o exaltamos para todo sempre o amado Senhor Jesus Cristo.

                             Cumpre destacar, que reconheço minhas deficiências e limitações, uma vez que, como qualquer ser humano, cometi diversos desacertos tentando acertar. Quero ainda, me desculpar pela ausência, resultante de motivos alheios a minha vontade, vez que, circunstancialmente fui morar um pouco distante, no que resultou na minha ausência das atividades a mim atribuída. Assim sendo, venho solicitar meu desligamento do Departamento de Educação Cristã-DEC, uma vez que, por motivos já expostos acima, não tenho condições físicas em dar ao mesmo assistência necessária ao que lhe é inerente.

                             De modo que, mesmo sem saber, quem irá me substituir, rogo a Deus, que dirija meu sucessor, dando-lhe visão de crescimento, a fim de consolidar o ministério tão sofrido nos últimos tempos que é do ensino da palavra.

                             Sem delongas, agradeço a Deus pela oportunidade, à todos que direta e indiretamente deram sua contribuição para a existência do DEC. Fica registrado meu muito obrigado, aos pastores, dirigentes de congregações e colaboradores, que comigo lutaram durante todo esse tempo, em especial, a minha esposa Marta, que me auxiliou com seus conselhos, quando não com seu silêncio e súplica a Deus, para que me orientasse nas minhas decisões.

                             Enfim, rogo aos irmãos que me inclua em vossas orações, pois, necessito muito da graça e da misericórdia do senhor.

Belford Roxo, 30 de março de 2013.

Atenciosamente,

_____________________________________

Pb. Gilberto Rezende

DIRETORIA DEC/2013.1

 

Diretor: Pb.Gilberto Rezende

Vice-diretor: Pr. Adão Rodrigues da Fonseca

1ºSecretário: Severino Ramos do Carmo

2º Secretário: Jonathan Douglas Rocha Barreto

Tesoureiro: Vicente Jorge da Silva

Coord. Pedagógica: Rosana Carvalho

Relações Públicas: Michel

 

                                                                                    

terça-feira, 2 de outubro de 2012


UMA GRANDE E IMPORTANTÍSSIMA DECISÃO

 Prezados Amigos, boa tarde!

Acredito que muitas pessoas já perceberam que não sou de publicar nas redes sociais. Isso não quer dizer que não goste, é pelo simples fato de não ter tempo disponível.

Dessa forma, me deixe ser objetivo e claro com você. Estamos a SEIS DIAS das eleições municipais, é a famosa festa da democracia. Cabe aqui a seguinte pergunta: Será festa pra quem? Bom, deixo a resposta por sua conta, pois, não vem o caso agora, mas, o que não posso deixar é de dar minha contribuição como cidadão consciente.

Na verdade, quero convidá-los para fazer uma REFLEXÃO, acerca da real situação de nosso(s) município(s) e de seu(s) administrador (es) publico(s),como eles têm administrado os recursos públicos que são nosso!

Para maior compreensão, gostaria que você fizesse as seguintes perguntas:

Qual a real situação da saúde pública?

Como andam o sistema de Educação municipal?

Há segurança pública?

Quais os programas sociais que realmente existem, e, faço parte ou conheço alguém que faz parte dele?

É claro que existem outras inúmeras perguntas a serem feitas. Porém, as citadas acima, são básicas para avaliar a máquina pública.

Tenho quase certeza que em média 70% das respostas, serão negativas. Por que será isto? A resposta é muito simples. Houve falhas gravíssimas praticadas pelos agentes políticos que são administradores públicos, pode ter certeza que quem falhou não foi você, é sim quem você escolheu. Nunca é tarde lembrar que seu papel na se resume apenas em escolher (votar), mais, fiscalizar a conduta do político eleito, essa é a sua  hora de verificar se realmente seu candidato honrou com seu voto. Chegou o momento dos verdadeiros culpados serem punidos, como assim? É simples, o Juiz é você, exerça seu poder de decisão, de julgamento, agora, cuidado para os riscos de se cometer injustiça.

Já parou pra pensar, como você é importante? Pois é, o fato de sermos procurados por candidatos, no período de campanhas eleitorais, se dá por uma razão muito simples. É que o VERDADEIRO PODER, se encontra em nossas mãos, que entregamos aos  candidatos, para que estes, nos representem de forma DIGNA.

 Acerca deste assunto veja o que diz a Constituição da República Federativa do Brasil:

“Art. 1º...

“Parágrafo único: TODO PODER EMANA DO POVO (NÓS), QUE O EXERCE POR MEIO DE REPRESENTANTES ELEITOS (ATRAVÉS DO VOTO) OU DIRETAMENTE, NOS TERMOS DESTA CONSTITUIÇÃO”.

Por isso, não desperdice a chance de mudar a realidade do seu município. De igual modo, nunca é tarde para se fazer uma viagem ao passado não muito distante, me refiro as últimas eleições que elegeram os atuais políticos nos cargos municiais. Dito isto, deixarei algumas dicas abaixo:

PARA OS CANDIDATOS À REELEIÇÃO;

1 – Faça um pequeno esforço para lembrar-se de algumas promessas feitas no passado que não foram cumpridas;

2 – Observe, nas campanhas publicitárias impressas, na TV ou no rádio, se há REPETIÇÃO das promessas, sob alegação, de não haver ter tido tempo hábil para suas REALIZAÇÕES, esta é a prova real de que ele NÃO VAI FAZER mais uma vez o que prometeu;

3 – Ainda, quanto as promessas de campanhas, verifique se as mesmas condizem com a realidade socioeconômica do seu município;

4 – Por fim, decida, no próximo dia 07 de outubro, se vale apena ou não, entregar nas mãos desse candidato o futuro dos próximos quatro anos.

Observação Importante:

Antes das Eleições:  Procure conhecer o programa de governo do seu candidato.

Depois das Eleições: Cobre deles o cumprimento do programa apresentado. Cumpre destacar que, os políticos eleitos, não prestam favores a população, são obrigados a atender as necessidades do povo que os elegeu.

CANDIDATOS AO PRIMEIRO MANDATO

1 – Cuidado com excessos de promessas, euforia e acusações aos adversários, até por que, na prática tudo é diferente;

2 – Procure saber mais, da vida privada do seu candidato, uma vez que, o bom candidato, necessariamente precisa antes, ser um cidadão de bem (principio da moralidade pública);

3 – Busque informações, acerca do papel de cada cargo político;

4 – Lembre-se o administrador público, não governa para si, e sim para a coletividade;

5 – Feito isto, decida nas urnas, se vale apena ou não escolher seu candidato.

Para não cansá-los, gostaria de agradecer à todos que leram essa mensagem. Deixando bem claro que, NÃO PODEMOS fazer muito no período do exercício do mandato, mais, PODEMOS SIM, fazer uma escolha digna e responsável.

Vale ressaltar, que ninguém tem o DIREITO de fazer a escolha por você, uma vez que, ele (escolha) deve ser feita CONSCIENTEMENTE e PERSSONALÍSSIMA. Por isso, escolha certo: Poder Executivo(Prefeito), bem como no Poder Legislativo(Vereadores).

LEMBRE-SE, o futuro da sua cidade está em suas mãos!

Voto certo é o voto consciente. Voto não tem preço, e sim consequências!

                                                            Forte abraço.

Prof. Gilbert Rezende

Dúvidas: professorgilbert@ibest.com.br

Boas Eleições!

                                                      

sexta-feira, 6 de julho de 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

PARA REFLETIR... IV

O pastor profissional


Publicado em 03/09/09 às 12:47

Por: Alfredo de Souza

Sempre que um pastor for indagado sobre a sua profissão, qual deve ser a resposta? Incomoda-me quando afirmam que são pastores, ou seja, que a profissão que exercem é a de pastor. Quando tenho oportunidade de conversar com esses colegas mais próximos, sugiro que respondam: autônomo em vez de pastor. É claro que muitos discordam.

Mas o tipo de resposta a ser dada não é o problema que quero levantar nessa postagem. O ponto está mais além e é muito mais complexo. Inicialmente quero iniciar definindo o que significa ser um pastor e o que significa ser um profissional.

Por pastor entendo um ministério, um serviço dedicado ao Reino, ou seja, alguém que exerce o dom do Espírito Santo no cuidado de um rebanho de acordo com as normas contidas nas Escrituras. É um trabalho que não visa a promoção pessoal e nem o lucro, embora dele retire o seu sustento. Trata-se de um ministro do Evangelho. Por profissional entendo alguém que luta por uma carreira bem sucedida que se estabelece pelo reconhecimento vindo de outras pessoas. Também é a busca do progresso técnico que exige resultados mensuráveis cujo corolário é a recompensa que surge por meio de altos salários e de uma boa aposentadoria.

Não há nenhum problema em ser um bom profissional na empresa ou na instituição pública. A questão é quando o ministério pastoral se profissionaliza. Isso, sim, traz prejuízos à Igreja e ao propósito de Deus quanto ao amparo e, até mesmo, a proteção do povo. Como já disse, o trabalho pastoral deve ser visto como um ministério. Trata-se de um servo que preside, de um pai que cuida, de um mestre que doutrina ou de um enfermeiro que trata. Resumindo, o pastor é aquele que dá a vida pelo rebanho e o vivifica pelo poder de Deus.

Já o pastor profissional é aquele que não se dedica mais ao propósito principal no qual fora vocacionado. Ele passa a não mais se importar com a simplicidade do ministério. Sente necessidade de se perceber confortável e seguro de si e por si mesmo, não importando os prejuízos que isso possa causar à igreja. Busca um futuro previsível e um presente que satisfaça os desejos egoístas. A visão que possui passa a ser regida pelo humanismo e sente a necessidade de ser notado por aqueles que deslumbram o seu aparente sucesso. Ou seja, são pastores que pastoreiam a si mesmo, todo o seu esforço é direcionado aos interesses pessoais.

Não tenho dúvidas que tudo isso causa dor e frustração no meio do rebanho que definha moribundo e desorientado, principalmente quando percebe que o alvo de seu líder espiritual não é mais as ovelhas, mas, sim, o próprio estômago enquanto fingem pastorear.
Nessa altura surge uma pergunta: como podemos detectar alguém que deixou de ser um ministro do Evangelho e passou a ser um executivo eclesiástico? Como resposta, quero propor quatro características que são facilmente percebidas nesse tipo de gente:

O pastor profissional é raso no ensino bíblico. Este é um ponto extremamente nocivo à igreja com conseqüências desastrosas. O pastor profissional não possui a menor preocupação em se debruçar sobre livros, comentários ou literatura que possam auxiliar no preparo dos sermões. Não há estudo sério da Palavra, não há compromisso com a Verdade. Tais indivíduos acreditam que podem ir ao púlpito toda a semana e falar o que lhe vem na mente naquele momento, sem se preocuparem com o fortalecimento do rebanho contra o pecado. A tônica é sempre humanista e tolerante sem que haja a denúncia contra o erro ou contra o mundanismo. Isso porque o pastor profissional teme ser confrontado e, por essa razão, sempre quer estar de bem com todos, principalmente com os crentes influentes do meio.

O pastor profissional não se envolve pessoalmente com as ovelhas.
Todos sabem que o pastoreio não se restringe aos principais cultos de domingo. Nenhum ministro de Deus se furta do envolvimento pessoal com o povo por meio do discipulado ou do aconselhamento. No entanto, o pastor profissional não leva em conta este importante cuidado individual. Não cultiva o hábito do pastoreio direto, do acompanhamento pessoal (por intermédio das visitas nas casas ou no trabalho em horário de folga), dos aconselhamentos, dos contatos por carta ou pela Internet (embora o relacionamento presencial seja insubstituível). Para ele tudo isso é perda de tempo. Por vezes a ovelha está necessitando de uma palavra orientadora, mas só consegue ser ouvida quando procura o psicanalista ou o líder de outra denominação mais próxima de si cuja teologia é, muitas vezes, questionável. São casais que vivem sob forte crise, relacionamentos desgastados entre filhos e pais, desempregos que desesperam o coração, enfermidades que atemorizam. São pessoas que gritam em silêncio sem, contudo, obter eco do seu clamor. O pastor que possuem só pode vê-las aos domingos na porta da igreja ao final do culto e que se limita em dizer a mesma frase por anos a fio: "como vai? Que tenhas uma semana abençoada". Nada mais que isso. Essas pobres ovelhas nunca serão encorajadas a seguir em frente, nunca serão visitadas, nunca serão aconselhadas, nunca receberão uma mão amiga e confiável. Ou seja, nunca experimentarão o que é ser pastoreada, pois não possuem líderes amigos. Esses tais são apenas meros profissionais.

O pastor profissional só se preocupa consigo mesmo.
Personalismo parece ser a palavra de ordem em alguns centros evangélicos. São pessoas que passam a vida lutando por um espaço na mídia. O resultado é o desperdício de milhões de reais utilizados para pagar campanhas inócuas ou programas televisivos vazios que nada dizem além de discursos de auto-ajuda. Mas esse desejo não se restringe aos grandes eventos ou aos grandes espaços continentais. Há também aqueles que desejam fama em seu pequeno universo. Pode ser um Presbitério, uma pequena região ou até mesmo uma igreja local. O alvo é a bajulação que surge por causa de uma pretensa espiritualidade ou de uma suposta inteligência respaldada por títulos e certificados alcançados. Não importa a causa, o importante é o estrelismo. É por isso que muitos pastores profissionais se preocupam com o crescimento numérico de seu rebanho em detrimento da qualidade, embora haja também os que se conformaram com o número reduzido do rebanho. Nesses casos, geralmente, a fama e o prestígio possuem outra fonte fora da igreja local. Outra preocupação desses pastores é a sua renda mensal, o seu ganho financeiro. Sempre defendem cinicamente seus bolsos sem, portanto, merecerem o que pleiteiam ganhar. Buscam apenas os seus direitos em detrimento dos legítimos direitos das ovelhas extorquidas. A meta é ter um emprego-igreja bem remunerado que lhe conceda estabilidade financeira.

O pastor profissional não é um homem de Deus. Isso significa a ausência de uma dependência total do Senhor na vida por meio do temor, da Palavra e da oração. São pessoas que confiam em si mesmas e não se importam em buscar de Deus a direção certa. Não sentem falta nenhuma de expressar a submissão ao Espírito, submissão esta que o próprio Jesus demonstrou quando esteve aqui entre nós. Não são homens de oração, não são homens da Palavra, não são homens piedosos. Nunca possuem uma vida devocional particular, nunca gemem por causa do pecado, nunca se importam com a vontade de Deus. Sempre agem friamente e com extrema impassibilidade diante de tudo que promove uma vida espiritual compromissada. Na maioria das vezes são irônicos ou cínicos no que dizem ou falam com respeito à piedade. Eles também agem despoticamente para que prevaleça a sua vontade, não obstante a capa de aparente mansidão. São vazios do poder de Deus, são como penhas que não podem alimentar ou fortalecer as ovelhas.

Quero encerrar dizendo que, para mim, ser pastor profissional nada tem a ver com tempo integral ou parcial no ministério. O ministro pode retirar o seu sustento de um trabalho que não esteja ligado à sua igreja. Todavia, tal trabalho não pode comprometer o tempo de qualidade pertencente ao rebanho quanto ao preparo do sermão e quanto ao envolvimento pessoal. Entre um e outro, o pastorado é prioridade. Se um dos dois deve ser descartado ou penalizado, que seja o trabalho secular.

Muitas igrejas padecem miséria espiritual porque estão debaixo de um pastor profissional que há muito deixou de ser um ministro de Deus. Vale ressaltar que essa mutação pecaminosa não acontece da noite para o dia, ela ocorre ao decorrer dos anos quando aquilo que causava genuíno espanto, preocupação ou interesse transforma-se em total irrelevância. O que era importante por pertencer ao Reino, passa a ser desprezado totalmente.
Que Deus nos livre dos pastores profissionais que sufocam as igrejas até o seu extermínio. Que haja entre nós ministros sinceros e cônscios de que escolheram um excelente, sublime e perene trabalho conforme nos diz o Apóstolo Paulo.

Sola Scriptura.

PARA REFLETIR... III

Alimentando as Ovelhas ou Divertindo os Bodes

Charles Haddon Spurgeon

C.H. Spurgeon (1834-1892) era pregador, autor e editor britânico. Foi pastor do Tabernáculo Batista Metropolitano, em Londres, desde 1861 até a data de sua morte. Fundou um seminário, um orfanato e editou uma revista mensal chamada “Sword na Trowel”. Conhecido como “Príncipe dos Pregadores”, Spurgeon escreveu muitos livros e artigos, particularmente na área devocional. Deixou um legado de vida piedosa, marcada por um profundo amor ao Senhor Jesus Cristo e por dedicados esforços ara alcançar almas perdidas.
 

Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber. Durante as últimas décadas, esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo. A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões.

Minha primeira contenção é esta: as Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? .Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Mc 16.15)  isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho., assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreu à mente do Senhor Jesus. E mais: Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque se recusavam a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires.

Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos. Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? .Vós sois o sal., não o docinho., algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade!

Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo dizendo: .Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira! . Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. Em vão, pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A mensagem das cartas é: Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos!. Qualquer coisa que tinha a aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho e não utilizavam outros instrumentos. Depois que Pedro e João foram encarcerados por pregarem o evangelho, a igreja se reuniu para orar, mas não suplicaram: Senhor, concede aos teus servos que, por meio do prudente e discriminado uso da recreação legítima, mostremos a essas pessoas quão felizes nós somos.. Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição foram a muitos lugares pregando o evangelho. Eles transtornaram o mundo. Essa é a única diferença! Senhor limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos apóstolos.

Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.

Fonte: http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=36

Colaboração por e-mail: Professores – Alexsander e Gilberto Rezende